Diz que me ama o amor aventureiro
De uma mulher que vive a desventura.
Dos outros beijos, da infiel procura
Ao encontrar em mim seu cativeiro.
Me vem serena, sem arrependimento
E me chama de paixão, me beija a face.
Vem desprovida de qualquer disfarce
Pois, não precisa deste atrevimento.
Conhece o beijo, feito de ausências
Nas bocas órfãs de loucas indecências
Conhece, ainda, o meu falar de amor.
Por isso dorme inteira a nossa cama
E se num toque acendo a tua chama
Me ama com explosão e despudor.
Amaro Vaz - Carangola, 15 de outubro de 2007
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