O nosso amor é um poema envolto
Por palavras santas e geniais besteiras.
Coisas que gente faz nas brincadeiras
Depois que deixa o bicho livre e solto.
Ele é um poema, que não se contenta
Em habitar a folha de um caderno.
Transita tanto o céu, tanto o inferno
Tamanha as coisas loucas que inventa.
Tem dias que se veste de lembrança
Apenas pra brincar com a criança
Que enfeita o céu da nossa timidez.
O nosso amor é pura saliência
E o despudor da sua indecência
A gente pede bis mais uma vez.
Amaro Vaz - Carangola, 09 de outubro de 2007
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