sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

COISAS DE MÃE

Mamãe na sua doce ingenuidade
Jamais me autorizou um passo inteiro
Não permitia os “pintos do terreiro”
A ousadia, o sonho, a liberdade.

Quando em criança, a tudo eu aceitava
Porém, o tempo me fez diferente
Deixei de ser criança, e o adolescente
Já não ouvia, o que mamãe falava.

A tudo eu respondia: Cuido eu...
Das minhas coisas, da vida que me deu
Conheço todos os caminhos a seguir.

Agora é tarde. Tristes desenganos
Perdi a minha mãe, faz quinze anos
E há quinze anos, não sei pra onde ir.

Amaro Vaz - Carangola, 28 de setembro de 2007








***Este soneto eu estou tentando escrever desde o dia 3 de setembro. Acho que minha mãe me fez experimentar um parto.
Papai, ainda, está conosco. 92 aninhos de empadas, roscas amanteigadas, bolos e pães. Insiste em produzir essas coisinhas( lembra-se quando eu falei dos pães que eu entregava ??? ) em casa, e depois as entrega na padaria de minha irmã.
Jenario, faz um favorzinho pra mim:
Quando estiver com sua mãe, dê um beijão nela e diga que é o meu beijo

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