sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

FESTA DE DESPEDIDA

Vestiu, apenas, umas gotas de perfume
O quarto encheu de flores e de velas.
Deixou fechadas todas as janelas
No teto desenhou uns vaga-lumes.

No seu criado-mudo, um cinzeiro
Servindo de apoio, para o incenso.
Com loucas artimanhas e bom-senso
Pintou seu corpo nu no travesseiro.

Na cama espalhou umas almofadas
Deixou todas as fotos espalhadas
Algumas na parede, outras no chão.

A noite inteira, me amou com garra
Fez dengo e festa, uma grande farra
Pra comemorar nossa separação.

Amaro Vaz - Carangola, 30 de outubro de 2007

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