Uma criança pura e inocente
Parada no sinal me estende a mão
Como se nos olhos eu trouxesse o pão
Para matar-lhe a fome simplesmente.
Levanto o vidro, escondo o meu rosto
Pra não rever o filme do passado
Ali... naquele posto abandonado
Ficava eu na chuva e ao sol exposto.
Eu fui um malabarista nos sinais
Entregador de pizza e de jornais
Fui, ainda, um jovem delinqüente.
Hoje eu sou um velho rabugento
Por ora preso no congestionamento
De um passado atroz e humilhante.
Amaro Vaz - Carangola, 17 de setembro de 2007
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