Finge o poeta uma dor tão mentirosa
Que ao se expor em forma de palavras.
Insiste em voar, mesmo sem asas..
Ao declarar-se amado em sua prosa.
Finge somente, porque quer iludir
Deixar o outro, sujeito às suas dores.
E a sua alma, tão cheia de valores
Vê-se impedida, de auto se abolir.
Fazer a poesia é um longo parto,
Cordeiro envolto em pele de lagarto,
Não quer o lobo exposto, simplesmente.
E ao misturar mentiras com verdades
Quer o poeta com as suas identidades
Inocentar o verso inconseqüente.
Amaro Vaz - Carangola, 03 de novembro de 2007
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