sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

ELAS POR ELE

Eu creio em tudo e acredito em todos:
Os cães que mordem, sendo cães que latem
Em mãos que afagam, sendo mãos que batem
Em carneirinhos, que escondem lobos.

Eu creio no céu, mesmo vivendo o inferno
Em tudo eu creio, em tudo eu acredito.
Creio existir silêncio, dentro de um grito
Creio no pulso forte, no abraço terno.

Eu creio no ódio, eu creio, até, no amor
Creio em Deus, o nosso pai, o criador
No livre arbítrio, faça-o-que-quiser.

E por crer, em tudo e todos, simplesmente
É que, hoje, sofro a dor, inconseqüente
De acreditar no amor de uma mulher.


Amaro Vaz - Carangola, 31 de outubro de 2007

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