sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O CRAVO E A FERRADURA

O nosso caso é uma noite escura
Não tem estrelas e não tem luar.
Fica difícil a gente se encontrar
Num sentimento que é treva pura.

Até um simples gesto de carinho
Um deslizar de mãos pelo costado.
Provoca um fugir desesperado
Como se essas mãos tivessem espinho.

Assim a gente vai levando a vida
De ódio em ódio e de briga em briga
Desempenhamos o nosso papel.

Como o cravo e a velha ferradura
A gente se completa e se atura
E estamos sempre em lua de mel.

Amaro Vaz - Carangola, 09 de outubro de 2007

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